Partidos políticos do DF lançam Fórum Permanente de

Partidos políticos do DF lançam Fórum Permanente de

Uma coalizão de partidos políticos no Distrito Federal, formada pelo PT, PSB, PSOL, Rede, PCdoB, PDT e PV, lançou nesta segunda-feira (5), na Câmara Legislativa (CLDF), o Fórum Permanente de Oposição ao governo Ibaneis. O evento contou com a presença de parlamentares, ex-parlamentares, representantes de movimentos sociais e sindicais.

“A ideia é fazermos encontros mensais para discutir temas de oposição ao Governo Ibaneis. Queremos com esse processo, construir uma ação cotidiana para estarmos juntos em um processo de 2026. Queremos juntar homens e mulheres, negros, jovens, LGBTs, toda a população do Distrito Federal em oposição ao governo Ibaneis ”, observou o presidente do PT-DF, Jaci Afonso, durante o lançamento do Fórum.

A presidenta do PSOL-DF, Giulia Tadini, destacou a importância da unidade e articulação. “Temos essa agenda da privatização do Centro e da Rodoviária, fruto dessa articulação é o adiamento da votação, isso já é uma vitória, fortalecendo a pauta, dizendo que a nossa cidade não está à venda e outras pautas que vão nos colocar desafios permanente, como a questão da saúde, a questão das privatizações. Sabemos os desastres que são as privatizações, se o Ibaneis passa a privatização da Rodoviária tem um pacote de privatizações que podem vir depois, como Metrô, Caesb e outros patrimônios públicos do povo do Distrito Federal”.

Todos os seis parlamentares que atuam na oposição ao governo na CLDF participaram da atividade.

O deputado distrital Fábio Félix (PSOL) sobre o enfrentamento à extrema direita no DF. “O primeiro deles é a unidade para enfrentar a extrema direita neste país, já que ela continua viva, forte, atacando direitos sociais, direitos humanos e silenciando a diversidade. Essa extrema direita que atua muito forte aqui na Câmara Legislativa, na Câmara Federal e atua na sociedade, porque foi se o tempo que ela atuava só no parlamento, hoje ela está em muitos espaços, por isso nossa organização tem que ser para além dos partidos, na sociedade, enraizada”, ressaltou.

O também distrital Chico Vigilante (PT), afirmou que o objetivo de uma aliança parlamentar contra a privatização é importante no momento, “porque o projeto de concessão da rodoviária está sendo colocado aqui desde 2021, e estamos tentando barrar desde então. A mesma coisa aconteceu com a privatização da CEB Distribuidora, enfrentamos em todos os fóruns, inclusive na Justiça, a tentativa de barrar a privatização, que nós entendemos que foi ilegal. E existem outras, certamente ele vai querer fazer, como por exemplo, abrir o capital da CAESB”.

Vigilante destacou ainda as dificuldades de fazer oposição no parlamento, com maioria de base governista. “Fazer oposição não é só uma intenção, requer organização e temos feito isso aqui, quase que milagre aqui dentro”, apontou.



Gabriel Magno falou da importância das ações do Governo Federal no GDF / Foto: Jorge Monicci

Os deputados Gabriel Magno (PT), Ricardo Vale (PT), Max Maciel (PSOL) também apontaram a importância do Fórum e apontaram os desafios da articulação e aproximação do diálogo com o povo. “Temos diferenças partidárias, mas nós estamos unidos num propósito e temos o desafio de mostrar para as pessoas que esse governo não está bom”, ressaltou a deputada distrital Dayse Amarilio (PSB), que destacou a situação grave na saúde pública.

Ampliar diálogo

“Precisamos ampliar o diálogo com a população, ampliar o diálogo com os evangélicos, é fundamental encontrarmos pontes, precisamos recuperar a relação com as entidades da sociedade civil”, alertou o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Leandro Grass, que é ex-deputado distrital e foi candidato ao Governo do Distrito Federal em 2022, pela federação PT-PV. Grass apontou também a necessidade urgente de discutir comunicação de forma estratégica para combater a desinformação e disputar as narrativas na sociedade.

Candidatas nas eleições do ano passado, Keka Bagno (PSOL), Rosilene Correa (PT) também participaram da atividade, além de ex-parlamentares e representantes de movimentos sociais.

A próxima reunião do Fórum deve acontecer em janeiro para a construção de um calendário de ações no Distrito Federal.



Fórum se reúne novamente em janeiro de 2024 / Foto; Jorge Monicci

Seminário

Depois da instalação do Fórum foi realizado um Seminário sobre Direito à Cidade, que debateu sobre a privatização da rodoviária com a participação de representantes de movimentos sociais e populares, entre estes Movimento Passe Livre, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Instituto No Setor, DCE UNB, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), CUT-DF, Distrito Drag, CTB-DF, Bloco Rivotril, Rodas da Paz, Central dos Movimentos Populares, entre outros.

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Edição: Márcia Silva

Fonte: Brasil de Fato DF

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