“Mais um Dia, Zona Norte” é o grande vencedor do 56º Festival de Brasília

“Mais um Dia, Zona Norte” é o grande vencedor do 56º Festival de Brasília

A 56ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foi encerrada neste sábado (16), no Cine Brasília. A cerimônia de entrega dos tradicionais Candangos foi prestigiada por cineastas, artistas e, é claro, cinéfilos do quadradinho. O longa-metragem “Mais um Dia, Zona Norte” de Allan Ribeiro foi o grande vencedor da noite e arrematou o Troféu Candango pelo Júri Oficial da Mostra Competitiva Nacional.

O longa carioca ainda foi o mais premiado da noite, conquistando mais 6 prêmios de melhor ator e atriz coadjuvante (para Victor Veiga e Valéria Silva), melhor trilha sonora (para o diretor Allan e o músico Tibor Fittel) e as honrarias especiais do júri (para Silvio Fernandes); da crítica, entregue pelo Júri Abraccine. A produção ainda recebeu o Prêmio Like, que concede R$ 50 mil em mídia para difusão do filme no Canal Like, podendo ser usado para o próprio filme vencedor ou para outro. 

“Cartório das Almas”, produção brasiliense de Leo Bello, foi o grande escolhido pelo público na Competitiva Nacional, com o troféu de melhor longa-metragem pelo Júri Popular. O longa levou também os Candangos de melhor edição de som (Olivia Hernandez) e de melhor direção de arte (Maíra Carvalho), amplamente aplaudida ao subir ao palco.

Protagonismo Negro

Outro destaque da noite, o longa mineira “O Dia Que Te Conheci”, de André Novais, arrematou uma série de troféus Candangos, além de receber o Prêmio Zózimo Bulbul, a produção foi lembrada em outras três categorias: melhor roteiro, para o diretor André Novais; melhor ator, para Renato Novais; e melhor atriz, para Grace Passô.

“Era um set pequeno, predominantemente de pessoas negras e onde a gente tentava vencer as dificuldades de se fazer um filme no Brasil. A gente está num momento em que tem muita coisa sendo debatida sobre o que é, como podemos valorizar nossos trabalhos (…) Onde existe uma pá de gente tentando estruturar e pensar questões estruturais para que o audiovisual seja um campo onde a gente possa de fato existir. A gente quem? O cinema nacional, porque o cinema nacional é obrigatoriamente o cinema preto”, declarou Grace ao receber seu Candango.

Curtas premiados 

Dentre os curtas-metragens, o maior destaque da premiação ficou com o documentário poético e semi-autobiográfico “Pastrana”, de Gabriel Motta e Melissa Brogni, Troféu Candango de melhor curta-metragem segundo o Júri Popular, Prêmio Canal Brasil de Curtas, além de melhor montagem (para Bruno Carboni).

O prêmio de melhor direção foi para a cineasta GG Fákọ̀làdé, por “Remendo”, que também levou o Prêmio Abraccine, outorgado pelo júri da crítica. O filme ainda arrebatou o troféu de melhor ator pelo trabalho de Elídio Netto.


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Jhonnã Bao foi premiada melhor atriz e roteirista (em temática afirmativa) por seu curta “Erguida”, realizado por um equipe formada em grande parte por artistas travestis e mulheres trans, além de receber o reconhecimento do Prêmio Zózimo Bulbul

Mostra Brasília 

O júri do 25º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal consagrou o documentário sobre o teatrólogo uruguaio-brasiliense Hugo Rodas. “Rodas de Gigante” foi premiado como melhor longa pelo Júri Oficial, além de melhor direção (Catarina Accioly) e melhor montagem (Sérgio Azevedo). O filme também leva o Troféu Saruê, da equipe do jornal Correio Braziliense, reconhecimento por proporcionar o melhor momento do festival.

​​Outros destaques da Mostra Brasília ficaram com “Ecos do Silêncio” (melhor fotografia e ator) e “O Sonho de Clarice”, que arrebanhou a maioria dos prêmios técnicos (direção de arte, trilha sonora e edição de som). 

Confira a lista completa dos vencedores do 56ª Festival de Brasília do Cinema Brasileiro:

MOSTRA COMPETITIVA – LONGAS-METRAGENS


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Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial: Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro
Melhor Longa-metragem pelo Júri Popular – Cartório das Almas, de Léo Bello
Melhor Direção – Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho – A Transformação de Canuto
Melhor Ator- Renato Novaes – O Dia que Te Conheci
Melhor Atriz – Grace Passô – O Dia que Te Conheci
Melhor Ator Coadjuvante – Vitor Veiga – Mais Um Dia, Zona Norte
Melhor Atriz Coadjuvante – Valeria Silva
Melhor Roteiro – André Novais Oliveira – O Dia Que Te Conheci
Melhor Fotografia -Camila Freitas – A Transformação de Canuto
Melhor Direção de Arte – Maíra Carvalho – Cartório das Almas
Melhor Trilha Sonora – Allan Ribeiro e Tibor Fittel – Mais Um Dia, Zona Norte
Melhor Edição de Som – Olívia Hernandez – Cartório das Almas
Melhor Montagem – Renata Baldi e Sandra Kogut – No Céu da Pátria Nesse Instante
Melhor Filme com Temática Afirmativa – Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho – A Transformação de Canuto

Menção Honrosa do Júri

Não Existe Almoço Grátis, Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel
Mais Um Dia, Zona Norte – Silvio Fernandes

Prêmio Especial do Júri


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No Céu da Pátria Nesse Instante

MOSTRA COMPETITIVA – CURTAS-METRAGENS

Melhor Curta-Metragem pelo Júri Oficial – Pastrana, Gabriel Motta e Melissa Brogni
Melhor Curta-metragem pelo Júri Popular – Vão das Almas, Edileuza Penha de Sousa e Santiago Dellape
Melhor Direção – GG Fákòlàdé, Remendo
Melhor Ator – Elídio Netto – Remendo
Melhor Atriz – Jhonnã Bao
Melhor Roteiro – Catapreta – Dona Beatriz Ñsîmba Vita
Melhor Fotografia- Pedro Rodrigues – Helena de Guaratiba
Melhor Direção de Arte – Carmen San Thiago – Cáustico
Melhor Trilha Sonora – DJ Machintal – Helena de Guaratiba
Melhor Edição de Som – Janaína Lacerda – Axé Meu Amor
Melhor Montagem – Bruno Carboni – Pastrana
Melhor Filme de Temática Afirmativa – Erguida – Jhonnã Bao


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Menção Honrosa:


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Cidade By Motoboy, Mariana Vita
Vão das Almas, Edileuza Penha de Sousa e Santiago Dellape

25º TROFÉU CÂMARA LEGISLATIVA – MOSTRA BRASÍLIA – LONGAS E CURTAS

Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial – Rodas de Gigante, de Catarina Accioly
Melhor Curta-Metragem pelo Júri Oficial – Instante, de Paola Veiga
Melhor Longa-metragem pelo Júri Popular – Não Existe Almoço Grátis, Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel
Melhor Curta-metragem pelo Júri Popular – Nada se Perde, Renan Montenegro
Melhor Direção – Catarina Accioly – Rodas de Gigante
Melhor Ator – Thalles Cabral – Ecos do Silêncio
Melhor Atriz – Roberta Rangel – Instante
Melhor Roteiro – Roberta Rangel, Paola Veita e Emanuel Lavor – Instante
Melhor Fotografia – Krishna Schimidt e André Carvalheira – Ecos do Silêncio
Melhor Direção de Arte – João Capoulade, Juliet Jones e Sarah Guedes – O Sonho de Clarice
Melhor Trilha Sonora – César Lignelli – O Sonho de Clarice
Melhor Edição de Som – Fernando Vieira e Francisco Vasconcelos – O Sonho de Clarice
Melhor Montagem – Sérgio Azevedo – Rodas Gigantes

Menção Honrosa:

Estrela da Tarde, Francisco Rio
Nada de Perde, Renan Montenegro

PRÊMIO ZÓZIMO BULBUL

Melhor Longa-metragem: O Dia Que Te Conheci, de André Novais Oliveira
Melhor Curta-metragem: Erguida, de Jhoannã Bao
Menção Honrosa: A Chuva do Caju

PRÊMIO ABRACCINE

Melhor Longa-metragem: Mais Um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro
Melhor Curta-metragem: Remendo, de GG Fákòlàdé

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS

Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni

PRÊMIO SARUÊ

Rodas de Gigante, de Catarina Accioly

Fonte: Jornal de Brasília

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