O Ministério da Educação (MEC) divulgou ontem que 56% das crianças de 7 anos estão alfabetizadas no País. Inédito, o dado faz parte do primeiro relatório do programa Criança Alfabetizada, do governo federal, que fez parcerias com os Estados para avaliar alunos com os mesmos parâmetros. O Estado de São Paulo tem 52%.

O novo resultado nacional é 20 pontos porcentuais acima do desempenho de 2021, de 36%. É, porém, só 1 ponto maior que o de 2019, antes da pandemia (55%). Os dados só se referem a alunos de escolas públicas. “É importante comemorar porque retomamos o patamar de 2019, mas não queremos só metade das nossas crianças, queremos 100%”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana.

Foi divulgada ainda a porcentagem de crianças alfabetizadas por Estado. Os índices mais altos foram de Ceará (85%), Paraná (73%) e Espírito Santo (68%). Sergipe tem o índice mais baixo, de 31%

O MEC também estipulou metas de alfabetização para cada Estado até 2030, quando mais de 80% das crianças em todo o País devem estar plenamente alfabetizadas. “Por que 80% e não 100%? Não tem sentido explicar para qualquer pessoa do planeta Terra que uma criança não se alfabetiza na escola”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi ao evento, assim como diversos governadores.

SÃO PAULO

A meta de São Paulo para 2024 é de 57%. Em 2021, o Estado tinha 41% das crianças alfabetizadas, com alta de 26% registrada em dois anos. Não chegou ao índice pré-pandemia, que era de 60% das crianças alfabetizadas.

Em fevereiro, o Estado lançou o programa Alfabetiza Juntos SP, em que fornece materiais didáticos sobre leitura e escrita e ajuda na formação da professores e nas avaliações dos municípios O modelo na área de alfabetização, inaugurado pelo Ceará, tem sido seguido por quase todo Estado. Procurada, a secretaria paulista da Educação disse, em nota, estar “empenhada em apoiar ativamente os municípios para alcançar o patamar de 90% das crianças alfabetizadas em todo o Estado até 2026” e que o investimento é de R$ 200 milhões.

Os Estados que mais melhoraram seus índices, com relação a 2019, antes da pandemia, foram Maranhão, Rondônia, Amapá, Pernambuco, Ceará e Pará. Se forem comparados com os resultados de 2021, Mato Grosso e Maranhão foram os que mais avançaram.

Assim como São Paulo, Minas, Bahia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina não conseguiram voltar aos índices de crianças alfabetizadas que tinham antes da crise sanitária. Acre, Roraima e Distrito Federal não participaram da avaliação.

Estadão Conteúdo

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