Instituição a Hora da Criança em breve no Distrito Federal

A Hora da Criança foi fundada em 25 de julho de 1943 como um “movimento educacional e cultural”. É uma organização da sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos e reconhecida de utilidade pública, com autonomia administrativa e financeira, sediada na Avenida Juracy Magalhães Júnior. s/n, Parque Lucaia, Rio Vermelho em Salvador, capital da Bahia.

Sua Missão “Promover um trabalho educativo para crianças e adolescentes, através da integração das diversas linguagens artísticas, tendo como eixo o teatro, com respeito e igualdade de oportunidades a todos. E como Visão “Ser referência nacional na utilização da Arte e da Cultura da Brincadeira, como instrumentos que transformam o cidadão, agente transformador da sociedade, da sociedade, constituindo-se num espaço de vivências, experimentos e aprendizado infanto-juvenil”.

Na Hora da Criança não existe seleção de talentos. Todas as crianças e jovens são aceitas porque vê-se em cada um a possibilidade de desenvolvimento de um potencial artístico que se concretiza no seu enriquecimento interior contribuindo para a formação integral da criança e para formação da cidadania.

 

HISTÓRIA

Década de 40

Década de 40

1. Primeiras experiências com o teatro em Santo Amaro da Purificação, em 09/11/1940.

2. Correspondência com o escritor Monteiro Lobato em janeiro de 1942.

3. Primeiro programa de rádio, 25 de julho de 1943, vai ao ar através da Rádio Sociedade da Bahia, com a solene saudação “Bom dia Senhores pais e professores”, sempre aos domingos pela manhã.

4. Em 22 de dezembro de 1947 inaugurou o grande teatro infantil com a Opereta Narizinho inspirada na obra de Monteiro Lobato “ A Menina do Narizinho Arrebitado”.

Década de 50

Década de 50

1. Inaugura um novo gênero teatral, a revista infantil, com a encenação de “ Infância”, em 1950.

2. Em 1955 “ Timide”, a maior realização cênica da Hora da Criança, a mais requisitada, 200 crianças foi o maior número reunido em um só momento de espetáculo.

Década de 60

Década de 60

1. A Hora da Criança na TV Itapoã apresenta “ Em tempo de criança”, em 1962.

2. Lançamento do LP “ Os vinte anos da Hora da Criança” produzido e gravado em Salvador Bahia, em 1963.

Década de 70

Década de 70

1. Musical “ O Navio Negreiro”, versão musicada do poema de Castro Alves, 1971.

2. Inauguração da Galeria de Arte da Hora da Criança, 1975.

3. Participação no 1º Salão de Artes Visuais do Estado da Guanabara promovido pela Casa da Bahia recebendo (Medalha de Prata), em 1975.

Década de 80

Década de 80

1. Coral Infantil da Hora da Criança canta para o Papa João Paulo II, no Palácio Arquiepiscopal em Salvador Bahia, 1980.

2. Lançamento do LP “Hora da Cantar”, em 1981.

3.
 A Hora da Criança promove o Seminário “Cultura da Brincadeira” realizado no Centro de Convenções da Bahia em 1983.

4. Realiza o Musical “Grita a Esperança” no Teatro Solar Boa Vista, em 1984.

5. Concerto em homenagem ao professor Adroaldo Ribeiro Costa, no Teatro Castro Alves com a Orquestra Sinfônica da Bahia, com a regência do Maestro Eric Vasconcelos, lembra um ano do seu falecimento, 1985.

6. Participação no I Simpósio Internacional de Arte Educação promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1986.

Década de 90

Década de 90

1. Publicação do livro “Cultura da Brincadeira”, 1991.

2. Encenação da “Opereta Narizinho”, comemorando os cinquenta anos da primeira apresentação, 1997.

Década de 2000

Década de 2000

1. Edição do II Salão Infantil Baiano de Artes Visuais. Apoio da Caixa Econômica Federal, 2000.

2. Encenação da “ Opereta Monetinho” comemorando os 60 anos da Hora da Criança, 2003.

3. Encenação da “Revista Infância”, autoria de Adroaldo Ribeiro Costa, 2009/2010.

ADROALDO RIBEIRO COSTA

O Professor doutor Adroaldo Ribeiro Costa foi um homem adiante do seu tempo, sempre esteve disposto a desafiar as estruturas estabelecidas para a educação e tinha convicção de que a possibilidade de aprender está além daquelas paredes e a prova disto está na Hora da Criança, estava nos programas de rádio, por exemplo aquela uma hora de entretenimento dedicado à criança também era uma hora de ensinamento para pais e professores. Foi assim no jornal em sua crônica diária, no seu teatro infantil; encantando as crianças e chamando atenção dos adultos e das autoridades para os problemas sociais graves como o da mortalidade infantil, e da criança abandonada.

Adroaldo Ribeiro Costa foi um educador por excelência, sua primeira experiência como professor foi aos 14 anos de idade, no Ginásio Santamarense, em Santo Amaro da Purificação.

Tornou-se um educador apaixonado pelas coisas da educação, participava ativamente de todos os acontecimentos educacionais e da culturais na Bahia.

Adroaldo, o emérito educador que em 1943 criou a Hora da Criança – movimento educacional e cultural da Bahia que beneficiou e vem beneficiando milhares de crianças e jovens.

Adroaldo, o teatrólogo que inaugurou o teatro infantil no Brasil em 1947 e mereceu de Monteiro Lobato as palavras elogiosas sobre o que viu: “Foi mesmo um triunfo a representação da peça infantil de Adroaldo a quem todos devemos palmas e mais palmas… Fiquei atordoado!”.

Foram tantas as suas realizações e pioneirismo na educação, no teatro, na música, no jornalismo, na rádio, no esporte, porém apesar de tudo isso, era um homem despojado de bens materiais e sem vaidades. Não perseguiu a fama nem o poder.

Este é o homem chamado Adroaldo que mereceu uma tese de doutorado, defendida há poucos dias pela professora Clotilde Cazé, intitulada: “O teatro infantil da Hora da Criança: pistas da “pedagogia do encantamento “ do professor Adroaldo Ribeiro Costa “, a quem hoje prestamos a nossa homenagem pelos seus cem anos de nascimento, como forma de reconhecimento pelos seus feitos dentre eles o maior – a Hora da Criança.

Adroaldo Ribeiro Costa nasceu em Salvador Bahia, no dia 13 de abril de 1917, viveu a infância e juventude em Santo Amaro da Purificação.

Faleceu em Salvador, no dia 27 de fevereiro de 1984.

DEPOIMENTOS

  • “Seu admirável esforço pela criação do Teatro da criança, só pode merecer aprovação e meus louvores irrestritos.“Ernesto Simões Filho
    Jornalista- Fundador do Jornal A TARDE
  • “Foi mesmo um triunfo a representação da peça infantil de Adroaldo, a quem todos devemos palmas e mais palmas. Fiquei atordoado! O fato que surgiu aqui foi uma coisa nova em todo mundo. Nunca vi coisa parecida.”Monteiro Lobato
    Escritor
  • “Toda arte infantil deve ser trabalhada com a preocupação de produzir o máximo de beleza e não imbecilizada como muitos fazem. O progresso conseguido desde a primeira “Narizinho” é imenso, isto é arte e da melhor.”Anísio Teixeira
  • “Estou mais orgulhoso disto, do que ser governador da Bahia “Antônio Balbino, governador da Bahia, no dia em que assistiu a uma apresentação da “Opereta Monetinho”, declarou no palco.
  • Diante das Obras do Teatro Castro Alves, disse Antônio Balbino: “Muito do que estão vendo aqui, se deve a “ Narizinho”. “Antônio Balbino
    Governador da Bahia
  • “Este é o teatro que sempre quis ver. Este é o teatro do qual se pode esperar e confiar. Estou emocionado! Vejo o teatro brasileiro renascendo na Bahia.”Rodolfo Mayer
    Ator
  • “Quando vejo uma obra em nossa amada terra, sobrevivendo como sobrevive o belo esforço de Adroaldo Ribeiro Costa, quero vir do meu canto para lhe dizer de minha admiração por tudo que vem realizando. Sua atividade educativa de levar às crianças o seu amor pela música, pelo teatro, pela literatura, tudo isto divertindo os meninos e encantando os adultos. “Odorico Tavares
    Jornalista
  • “O progresso conseguido desde a primeira “Narizinho “é imenso.
    Isto é arte e da melhor.”Anísio Teixeira
  • “Opereta “Narizinho” encanto de arte cênica pela concepção, pelo arrojo e pela magnífica oportunidade de revelar o esplêndido material humano para a arte pura, que existe na infância da Bahia!”Berbert de Castro
    Jornalista
  • “Outra obra benemérita a merecer todo apoio do viajante amigo da Bahia: a Hora da Criança, criação do jornalista Adroaldo Ribeiro Costa, que a vem mantendo em meio a grandes dificuldades há um quarto de século. A Hora da Criança é hoje importante complexo cultural que vai do rádio à galeria de arte, do teatro de marionetes ao canto e à poesia.”Jorge Amado
    Escritor

“O tema central da peça, a luta da fada Saúde contra a fada Doença, é tratada com desenvoltura de situações cênicas, que revela o teatrólogo, além do artista criador. Raramente se verá, numa temática tão abstrata e tão desprovida de recursos naturais para a realização de um momento estético, espetáculo tão realizado e no qual o autor consiga concretizar de uma forma tão perfeita a sua mensagem. Encontra-se, no desenrolar da peça, todas as situações, desde o humor até o patético, o emprego de todos os recursos de arte cênica, desde a cenografia dinâmica, até as modificações de natureza especial criadas com o auxílio da luz e da cor, habilmente empregadas. O clima de realização da peça é enriquecido sobejamente pelo desempenho magistral das crianças e a valorização do elemento humano se evidencia no cuidado que se nota na distribuição das cenas e das situações. O entrelaçamento da música e da dicção enriquecido pelos elementos estéticos, fornecidos pela coreografia, dão ao espetáculo uma beleza que permanecerá na retina de quem o assistiu.

Seria odioso até, numa verdadeira obra de arte coletiva como é “Timide” tal o número de participantes e a perfeita continuidade e o entrosamento de todas as cenas que nela se desenrolam – fazer algum destaque. Ela vale como um todo. Não pode ser analisada. Mesmo assim sinto uma tentação muito grande em dizer que o ponto alto do espetáculo, sob o ponto de vista emocional e estético é a “Suíte da Bandinha” – algo que nos obriga a verter lágrimas de emoção pela beleza difusa do quadro magistral. E ainda faria mais uma observação, com relação a esse fenomenal menino que é “Toco”. Destacaria, por uma questão de gosto pessoal, as cenas do folk-lore, que me são muito gratas à sensibilidade de rabiscador de coisas que quase ninguém lê, mas que me fazem sentir emoções carinhosas e profundas a respeito das coisas do nosso povo e da nossa gente”.

Antônio Serralvo Sobrinho
Representante do Ministério de Educação e Cultura, após assistir a “TIMIDE” – peça teatral que aborda a mortalidade infantil.

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